terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dia 02

No Dia do Corintiano - se você não for um, procure saber qual é! - acordei cedo, antes das 6 e meia. O motorista foi me buscar às 7 e meia e eu já tinha tomado um café da manhã bem simples. O dia, claro, amanheceu quente para os padrões de Brasília, mas ameno para os padrões locais. Por esses dias, segundo informações, está ventando muito, o que ajuda a diminuir o calor. Repito: isso não vale para os padrões de Brasília.

Seguimos para a Regional Estadual de Ensino, onde o motorista foi embora e fui levado por uma funcionária até a Secretaria Municipal de Educação. Eu já era esperado por lá, o que facilitou muito minha vida. Fui recebido pelo responsável pelo transporte escolar municipal. Era umas 8 e pouco da manhã.

Bom... não vou falar do trabalho em si lá na Secretaria, por motivos óbvios. Apenas informo que foi muito trabalhoso mas bem tranquilo, ainda mais com a ajuda da representante da Secretaria Estadual de Educação do Ceará.

O fim dos trabalhos ocorreu lá pelas 4 da tarde, isto é, o fim dos trabalhos na Secretaria, o que não significa dizer que fiquei à toa o resto do dia. Tive ainda que formatar algumas tabelas na pousada, o que levou algumas horas. Até por isso, resolvi ficar em Crateús mesmo (seguindo o conselho da representante da SEE-CE), partindo para Catunda na manhãzinha do dia seguinte.

Fui jantar bem tarde. O trabalho na pousada seguia lento e minhas músicas já estavam acabando quando, de repente, o trabalho acabou primeiro! Aí enrolei, com a sensação de dever cumprido. Resultado: após o banho, quando saí para comer alguma coisa, já eram mais de 11 da noite. Fui na praça, desta vez vazia, com alguns gatos pingados nos quiosques. Abençoei o calorzinho que estava fazendo (estou me habituando), sentei defronte a uma TV grande na frente de um quiosque e assisti um pouco do filme do Supercine enquanto lanchava. Tomei um susto quando a TV simplesmente apagou. Me toquei que só tinha eu e dois caras jogando xadrez na praça, a uns 10 metros de mim. Paguei a conta e fui dormir.

A sensação de estar sozinho nestes momentos para mim é reconfortante. Talvez pela tranquilidade destes momentos, talvez pelo assalto do meu ego de mim mesmo, o fato é que adoro ficar assim por um tempo. Daí ocorre a mentalização de tudo o que se vê, sente e ouve no lugar diferente em que se está. Esse processo de formação e formatação da memória (pelo menos da minha) é o ganho em uma viagem de campo, incrementado pelas inúmeras conversas e situações incomuns (no ótimo sentido) a que se está exposto, também devidamente rememoriadas.

Pelo menos essa é minha impressão do que sinto...

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