terça-feira, 14 de outubro de 2008

O atrasadinho

Bom... esse título é em minha homenagem, já que havia me proposto a atulizar o blog diariamente. Minha inocência me espanta às vezes...
Minha intenção é passar um pouco das minhas impressões e sentimentos desta viagem de campo. Quem já foi um dia sabe que um trabalho esses é muito mais que uma coleta de dados para uma pesquisa. É uma "coleta de dados" para a "pesquisa da vida".

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Dia 01

Já no primeiro dia enfrentei ao todo 8 horas de viagem: 4 de avião, contando esperas e atrasos, e 6 de carro até Crateús. Isso porque o motorista, para evitar estrada ruim após Canindé, mudou o caminho. Em Santa Quitéria pegou o caminho errado e tivemos que seguir até Ipu, depois a Ipueiras (one estou agora), Nova Russas e Crateús. Devo ter esquecido alguma cidade, mas é que estou sem o mapa aqui... este mesmo que quebrou um galho já nessa viagem de ida. Também tivemos que apelar para as famosas perguntas aos transeuntes. Bem diferente do que estou (mal) acostumado aí pelo DF, todo mundo sabia muuito bem aonde estava! Parece óbvio, mas não é...

Cheguei lá pelas 8 da noite. Fiquei numa pousada bem simples, como era de se esperar, num quarto bem pequeno, mas tudo bem arrumado e limpo. Além disso, fui muito bem atendido. A pousada fica na região da praça central da cidade, onde há uma igreja imensa e bonita, vários quiosques de comida e bebida e um mini teatro de arena e muita área livre.

Havia uma programação intensa na praça quando saí do hotel, lá pelas 9. Estava totalmente tomada de messas, cadeiras e gente. Dia de Nossa Senhora Aparecida + Dia das Crianças = Dia de Festa: uma equação elementar nas cidades interioranas que eu goto muito. Tentei tirar fotos, ma as pessoas sabem na hora quando aparece um forasteiro. Muitos olhares me inibiram, mas tentei mesmo assim. Em vão: arrumei uma desculpa quando vi que as duas primeiras fotos ficaram muito escuras e desisti. Afinal, um estranho com uma máquina fotográfia chama um pouco mais de atenção do que um estranho sem a máquina (um pouco mesmo!).

Enfim, andei pela praça. Vi por uns instantes um concorrido showzinho de calouros no teatrinho e arena para crianças, os shows sertanejos de sempre num telão montado noutro extremo da praça, os quiosques lotados e, finalmente, uma pizzaria numa esquina da praça. Me pareceu interessante e resolvi jantar.

Sentei e pedi uma cerveja (a de sempre, para quem me conhece) e escolhi uma pizza. Tomei ela toda, sozinho, e nem sinal do meu pedido. 20 minutos... 25 minutos e ela apareceu. Ok, a casa estava lotada. Não deve ficar assim nem todos os feriados, daí o enrosco do pessoal da cozinha, garçons e o dono-garçon. Mais uma vez fui bem atendido e a pizza estava boa.

Depois disso fui para a pousada. Estava cansado e já pensava no dia seguinte. Em campo, mentalmente falando, o dia acaba cedo e começa mais cedo ainda, esteja você fazendo o que for. E, ainda por cima, há uma pressa em ver, ouvir e viver cada momento, não importa qual seja ele.

2 comentários:

Rejane disse...

"...equação elementar..." foi punk!
E... não se envergonhe de tirar fotos, depois tu vai se arrepender, viu?!
...Ninguém te conhece por aí mesmo...rs!
Inté e bom trabalho, fí!

beto disse...

Quando pedir uma pizza pra comer sozinho, peça pra beber um chopp claro 0º grau ou ainda uma simples coca-cola. Cerveja preta de viado comendo pizza sozinho no Ceará de cabra macho não dá não...

PS: já esperei 60 minutos uma pizza em Arrai D'ajuda... a partir desse dia, as horas na bahia mudaram de nome: "Que horas será o show? R: o show será às 10 pizzas e 3 fatias"