quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dia 10

Hoje acordei às 6 e meia. Cedo demais, como pude constatar meia hora adiante. É que o expediente da Secretaria de Educação de Acaraú começa às 8. Um pouco tarde para os padrões das outras cidades. Mas podia ser pior, afinal, este horário de trabalho foi implantado a pouco tempo. Ao invés de ser corrido (8 da manhã às 2 da tarde), o expediente era de oito horas com uma hora de almoço. Na verdade, não me lembro de ter estado em uma cidade nos últimos dois anos de pesquisa de campo que não tenha turno de horário corrido.

Fui trabalhar pela manhã e fiquei por conta disso até ao meio dia e meio. Depois fui almoçar num pequeno restaurante na rua da quadra imediatamente adiante ao hotel. A comida é a de costume, desde Crateús: arroz, feijão marrom(ou baião de dois, ou mesmo arroz e feijão e baião de dois), feijão de corda (infelizmente nem sempre, mas pode vir junto com o feijão comum), macarrão (come-se muito macarrão por aqui, sempre do tipo spaghetti sem molho, como se fosse um acompanhamento), salada (em geral de batata e cenoura cozida, cebola alface e tomate), salada de maionese (quase sempre, mesmo que haja a outra salada) e, finalmente os pratos principais, de acordo com a escolha do freguês: carne de gado (como dito aqui), galinha (às vezes aparece uma galinha caipira) ou frango, carne de porco (comi umas muito boas) e peixe (onde tem açude grande tem peixe no cardápio). Em geral os pratos são bem servidos e baratos para os padrões de Brasília, o que, convenhamos, não é muito difícil de acontecer...

Uma nota curiosa, pelo menos para mim: as pessoas que observei nos restaurantes por que passei, conhecidas minhas ou não, comem muito molho inglês, mais do que pimenta, por exemplo. Este é um tempero que sequer vejo nas mesas dos lugares que freqüento em BsB... ou será que nunca tinha reparado? Vou ficar mais atento quando voltar.

Depois do almoço fui trabalhar alguns dados na sala de jantar do hotel. Lá pelas 4 da tarde fui tratar de arrumar algum meio que me desse mobilidade para conhecer os lugares mais distantes do centro da cidade. Já tinha procurado e achado no dia anterior quem poderia alugar uma moto. Entre idas e vindas até a casa do sujeito, consegui alugar uma. Foi pegar a moto, encher o tanque e sair pela cidade e depois por uma rodovia aqui por perto para começar a conhecer a região. Não fui muito longe. Rodei apenas uns 30 km ao todo, muito embora já tenha uma boa idéia de como é a cidade e as rodovias aqui por perto.

Amanhã depois do trabalho vou organizar minhas visitas aos arredores de Acaraú. E fotografar a cidade. Que saudade de andar de moto!

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